Por Pablo Sarmento
Eai pessoal...
Estamos
aqui em mais um Fundo do Baú, pra falar do filme que criou a semente do
ciberpunk dentro do meu ser, estou falando do anime Akira de Kastuhiro Otomo
lançado em 1988 que foi adaptado do mangá de mesmo nome e foi lançado de 1982 a
1991 na revista Young Magazine.
Só conheci o
anime por volta de 1999 quando entrei em uma locadora do centro da minha cidade
procurando o filme dos Power Rangers ou do Porco Rosso, agora não me recordo,
mas lembro até hoje do momento que vi a capa do filme e lembrei de cara da
revista da Comix, que sempre vinha com o catálogo de venda no meio e tinha o
Akira edição portuguesa de luxo e ultra barato. Bah agora eu fui longe,
vamos voltar ao foco.
Esta
obra é bem a frente de seu tempo, pelo estilo de narrativa imposto por Otomo,
posso dizer que muita coisa de ficção cientifica/ciberpunk saíram de Akira, o
estilo de futuro sujo e pós-apocalíptico é algo bem normal em todos os gêneros
sci-fi, mas este filme tenta mostrar muitas coisas que estão além da nossa
imaginação e que com certeza se não pararmos um pouco e pensar, poderá ocorrer conosco no futuro.
Basicamente
o filme conta a história de dois amigos Kaneda e Tetsuo que são de uma gangue
de motoqueiro/arruaceiros de Neo-Tókio, a cidade tinha sido explodida há alguns
anos atrás. A trama gira em torno dessa dupla e de como o
governo atua, criando novos humanos com poderes psíquicos, e tentando criar uma
nova hegemonia em cima da população.
Agora
vocês devem estar se perguntando: quem diabos é o Akira? A resposta é
extremamente simples, Akira foi o primeiro experimento de super-humanos que deu
certo e também o causador de transformar Tókio em pó na primeira vez. Os
restos mortais do garoto são usados como estudo todo esse tempo, por ele ser
considerado o humano perfeito.
Quando
for ver o filme, vá com o coração aberto e sem preconceito por ser anime. Digo
para vocês, neste filme temos algumas coisas bem particulares dos anos 80 e
elevadas a um grau extremo, o medo da bomba nuclear, a guerra, o estudo do ser
humano, a critica filosófica e alienação imposta aos jovens.
A
qualidade gráfica do anime é algo muito legal, ele pode ser considerado um dos
primeiros a usar um novo estilo de animação, as cenas de perseguição são bem
ambientadas e o jeito que é usado rastros de luz, Neo-Tókio lembra bastante a
cidade em que se passa Blade Runner. Existe uma parte que é legal de olhar em
câmera lenta: o momento dos flashs, é após Tetsuo fugir do cativeiro e encontrar
Kaneda. Passam tantas imagens rapidamente e que contam coisas legais sobre a história.
Akira
é uma obra completa, é uma pena nenhuma empresa brasileira ter relançado os
mangás, pois certamente terão publico, as revistas que foram lançadas pela editora
Globo são meio difíceis de achar, e quando se acha cobram os olhos da cara.
Estão a algum tempo tentando produzir um filme baseado na obra, mas não temos
nenhuma informação há algum tempo, acho que vai ficar no só na promessa, como o
tal filme do Evangelion.
Poderia
ficar muitos posts, falando sobre as camadas psicológicas, sociais e temáticas
dessa história, mas prefiro discutir pelos comentários, então vou abrir espaço
para a discussão, pois vou olhar pela trigésima vez o filme.
Direto do fundo do baú essa
é minha indicação
Até a próxima
Akira é um marco na animação e no cinema...
ResponderExcluirExcelente o post Pablito!!!