quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Fundo do Baú #02 – Akira


Por Pablo Sarmento

Eai pessoal...

Estamos aqui em mais um Fundo do Baú, pra falar do filme que criou a semente do ciberpunk dentro do meu ser, estou falando do anime Akira de Kastuhiro Otomo lançado em 1988 que foi adaptado do mangá de mesmo nome e foi lançado de 1982 a 1991 na revista Young Magazine.



         Só conheci o anime por volta de 1999 quando entrei em uma locadora do centro da minha cidade procurando o filme dos Power Rangers ou do Porco Rosso, agora não me recordo, mas lembro até hoje do momento que vi a capa do filme e lembrei de cara da revista da Comix, que sempre vinha com o catálogo de venda no meio e tinha o Akira edição portuguesa de luxo e ultra barato. Bah agora eu fui longe, vamos voltar ao foco.


Esta obra é bem a frente de seu tempo, pelo estilo de narrativa imposto por Otomo, posso dizer que muita coisa de ficção cientifica/ciberpunk saíram de Akira, o estilo de futuro sujo e pós-apocalíptico é algo bem normal em todos os gêneros sci-fi, mas este filme tenta mostrar muitas coisas que estão além da nossa imaginação e que com certeza se não pararmos um pouco e pensar, poderá ocorrer conosco no futuro.



Basicamente o filme conta a história de dois amigos Kaneda e Tetsuo que são de uma gangue de motoqueiro/arruaceiros de Neo-Tókio, a cidade tinha sido explodida há alguns anos atrás. A trama gira em torno dessa dupla e de como o governo atua, criando novos humanos com poderes psíquicos, e tentando criar uma nova hegemonia em cima da população.

Agora vocês devem estar se perguntando: quem diabos é o Akira? A resposta é extremamente simples, Akira foi o primeiro experimento de super-humanos que deu certo e também o causador de transformar Tókio em pó na primeira vez. Os restos mortais do garoto são usados como estudo todo esse tempo, por ele ser considerado o humano perfeito.

Quando for ver o filme, vá com o coração aberto e sem preconceito por ser anime. Digo para vocês, neste filme temos algumas coisas bem particulares dos anos 80 e elevadas a um grau extremo, o medo da bomba nuclear, a guerra, o estudo do ser humano, a critica filosófica e alienação imposta aos jovens.



A qualidade gráfica do anime é algo muito legal, ele pode ser considerado um dos primeiros a usar um novo estilo de animação, as cenas de perseguição são bem ambientadas e o jeito que é usado rastros de luz, Neo-Tókio lembra bastante a cidade em que se passa Blade Runner. Existe uma parte que é legal de olhar em câmera lenta: o momento dos flashs, é após Tetsuo fugir do cativeiro e encontrar Kaneda. Passam tantas imagens rapidamente e que contam coisas legais sobre a história.



Akira é uma obra completa, é uma pena nenhuma empresa brasileira ter relançado os mangás, pois certamente terão publico, as revistas que foram lançadas pela editora Globo são meio difíceis de achar, e quando se acha cobram os olhos da cara. Estão a algum tempo tentando produzir um filme baseado na obra, mas não temos nenhuma informação há algum tempo, acho que vai ficar no só na promessa, como o tal filme do Evangelion.



Poderia ficar muitos posts, falando sobre as camadas psicológicas, sociais e temáticas dessa história, mas prefiro discutir pelos comentários, então vou abrir espaço para a discussão, pois vou olhar pela trigésima vez o filme.

Direto do fundo do baú essa é minha indicação

Até a próxima

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Um comentário:

  1. Akira é um marco na animação e no cinema...
    Excelente o post Pablito!!!

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