[NOTA: Esse texto foi feito para um trabalho da faculdade e como gostei bastante dele, vou utilizar aqui. Espero que gostem]
Por Pablo Sarmento
Já imaginaram que tudo que a
nós vivemos poderia ser uma mentira? Analisaram que todo cheiro, gosto e prazeres
não passam de uma mera farsa criada para nos manter no cabresto? Agora devem
estar pensando: Porra, o Pablo enlouqueceu de vez! Só que não é bem assim, já
que depois que eu vi Matrix, minha forma de ver mundo mudou.
Os irmãos Wachowski em 1999
quebraram um paradigma cinematográfico trazendo novos tipos de efeitos
especiais como diretores do filme, em uma trama que pode ser interpretada de
várias formas e sem esquecer uma pancadaria no maior estilo filmes de kung fu
dos anos 80. O filme Matrix conta com um cast de atores incríveis como,
Laurence Fishburne (Apocalipse Now) e Carrie-Anne Moss (Amnésia) e também
serviu para trazer das cinzas atores como Keanu Reeves (Advogado do Diabo), que
não estava em uma fase muito boa.
Em uma breve sinopse, Neo
(Keanu Reeves) é um hacker que usa sua inteligência para poder criar programas
e quebrar chaves de decodificação para vender no mercado negro e assim “achar”
que está mudando o mundo. O homem é encontrado por Trinity (Carrie-Anne Moss)
que lhe diz que pode liberta-lo de toda duvida sobre o mundo que ele tem, e
Morpheus (Laurence Fishburne) é mentor e faz a honrarias a porta de entrada ao
“novo mundo”.
Tudo que Neo pensava ser
real, na verdade não existe, ele não passa de um produto para manter um grande
sistema mecanicista ativo. Na verdade toda a realidade que nós vivemos é um
programa de computador para nós manter preso e trabalhando para máquinas que
acabaram dominando o mundo. Isso tá bem difícil de entender, mas é assim mesmo
o filme.
Morpheus e Trinity são parte
de uma armada que está na realidade e que ajuda pessoas presas às plantações
humanas a se libertarem. Eles também buscam um usuário lendário chamado o Escolhido,
que vai poder brigar de frente com essas máquinas no futuro e salvar a
humanidade. A Matrix tem programas antivírus, chamados Agentes, que caçam os
renegados que estão libertos do poder da máquina e tentando salvar a
humanidade.
A resistência pode ir e vir
a qualquer hora para dentro do programa e quando se sabe que a Matrix não passa
de um tipo de sonho, os usuários livres começam a desenvolver alguns poderes
sobre-humanos, por causa de programas que inserem na mente deles, e neste
momento vamos ter um dos pontos mais forte do filme que são; as cenas de lutas
alucinantes e bem coreografadas.
Matrix trabalha com uma
história de ficção científica que emula vários outros gêneros dentro do mesmo
universo, já que temos muitas referências à cultura pop da época. Seja pelo
forte apelo aos hackers, que usam sua arte para subverter o sistema ao que
estão ligados e quebrar barreiras, a qual sociedade estagnada da época. Um
elemento bastante interessante a se pensar, já que Neo não passa de um homem
cheio de duvidas e que está tentando entender o porquê do mundo ser dessa forma
e parecer que não vai para lugar nenhum.
No livro A Pílula Vermelha, organizado por Glen Yeffeth, obra que compila diversos
textos feitos a partir do filme. Na parte da religião o senhor Read Mercer Schuchardt fala que Neo é um tipo
de Jesus e usa vários pontos para nos convencer que os irmãos Wachowski estavam
querendo trabalhar a ideia messiânica, apoiando-se pelo aspecto judaico-cristão
ou se embasando em passagens bíblicas. Bem, em alguns pontos posso dizer que
está certo o raciocínio do autor, mas em contrapartida acho que tem mais em
haver com a jornada do herói do que com esse pensamento bíblico que querem
imprimir a nós.
Afirmo essa minha ideia
baseada no próprio filme e outras literaturas já existentes, Neo me lembra de
Aquiles, um homem que nasceu destinado ao heroísmo ou até mesmo Frodo Bolseiro,
uma garoto que não esperava nada da vida e se vê como maior esperança do mundo.
Em vários momentos durante o filme o personagem principal vai aprender seguir a
jornada do herói: a escolha, a negação, aceitação e a redenção.
Em uma análise geral o
filme, usa elementos ciberpunk dos anos 80 de Akira, trabalha teorias da obra
Ghost in The Shell e além de ter uma pegada realidade paralela só vista na HQ
Invisíveis, coisa que deu até briga dentro da própria Warner com o senhor Grant
Morrison. Poderíamos falar um dia inteiro sobre o assunto, só que é mais legal
tu ver o filme e tirar tuas próprias conclusões.
O ou A Matrix é um
filme que tem um material muito rico para ser explorado, goste ou não, ele
ainda é um marco em efeitos especiais e ditou moda, com seus sobretudos de
couro, quero ressaltar que mesmo as continuações descambando para outro caminho
e que acabem perdendo um pouco a essência. Essa obra ainda vai ser por muito
tempo referência e também muito instigadora, ou seja, cumpre o papel a que
tanto pretendia que era inovar.
Até a próxima
Cara, muito bom o texto, valeu a nota máxima hein hehehheh!!
ResponderExcluirQue MIERDA!! Agora fiquei com vontade de ler o tal "A Pílula Vermelha". Como fã do filme, gostei muito do texto. E se te deu nota máxima na faculdade foi justa!
ResponderExcluire como muda...é engraçado que depois de assistir e reassistir,comecei a duvidar de qualquer fato que se noticie nesse mundo maluco.
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