sábado, 11 de maio de 2013

Homem de Ferro 3 deixa aquele gosto amargo no fim da trilogia


Por Pablo Sarmento

E aí Pessoal... Depois de ir ao fim de semana de estreia no Homem de Ferro 3, sai da exibição bem satisfeito com o filme, porém ele me deixou com a mesma sensação do The Dark Knigth Rises, aquele gosto amargo de que o filme poderia ter tido um melhor desenvolvimento,  já que não souberam trabalhar bem os plots e algumas vezes abusando demais da nossa suspensão de crença.




Prontos? Vamos ao universo do Ferroso!

Após aquela galhofada chamada Homem de Ferro 2, esperava uma melhora significativa na franquia. Isso aconteceu só que ainda faltou bastante para chegar ao nível do primeiro filme. Homem de Ferro 3 teve como diretor Shane Black, que dirigiu Beijos e Tiros e foi roteirista dos filmes Maquina Mortífera, e com um elenco peso pesado, Robert Downey Jr (Tony Stark), Gwyneth Paltrow (Peppers Potts), Ben Kingsley (Mandarim), Don Cheadle (James Rhodes) e Guy Pearce (Aldrich Killian).

O filme se passa alguns meses após o acontecido em Os Vingadores, Tony Stark se fechou em uma redoma e passa seus dias se preparando para qualquer tipo de perigo ou ameaça que possa acontecer aos seus entes queridos, além de ter ataques de ansiedade. Acaba por criar centenas de armaduras e assustando Peppers, agora sua esposa, em alguns momentos. Tony está totalmente perdido até que consegue canalizar toda essa energia contra o vilão Mandarim, com quem ele bate de frente e começa uma pequena guerra pessoal.



A sinopse do filme em si é bem interessante, porém o problema está na execução. Temos uma atmosfera diferente desde início do filme, começando pela mudança drástica na trilha sonora, até ai tudo bem, só que os personagens jogados na história e as cenas forçadas me deixaram um pouco descontente. Vamos dizer da bióloga Maya que criou o Extremis, e teve um papel sem noção nenhuma na história, nosso amigo Mandarim é algo que vai deixar muitos fãs HC do latinha bem estressados. Eu entendi da crítica ao governo imperialista (não me chamem de burro), só não achei apropriado, sendo que no primeiro filme fizeram a mesma coisa.

Por diversas vezes eu achava que eles iam deixar Tony mais sombrio e acabavam fazendo totalmente o contrario, como por exemplo: no meio de uma conversa muito importante tínhamos uma piadinha bobinha e acabava com todo o clima. Entendo que isso deixava o filme bem mais divertido, só que não foi o que eu estava procurando naquele momento, coisa que em Os Vingadores foi totalmente bem executada. Nem vou falar da cena do avião pra não me estressar, aquilo me incomodou bastante.



Já em pontos positivos, temos um Tony Stark mais crível que nos outros filmes e assim um homem que tem que apreender a viver sem sua carapaça, a usar seu intelecto para poder vencer a batalha que se propôs. O garotinho foi outra parte bem interessante, ele conseguiu dar um show de atuação e mostrou uma química imensa com Robert. Os designers das armaduras ficaram demais, pode até ser massavéio isso, mas aquela cena da batalha com várias armaduras voando no céu foi épica.

Não posso dizer que não gostei dessa pegada mais investigativa e um pouco mais parecida com seriado do filme, já que sou da mesma ideia de não rebotarem os filmes sempre que trocam os atores. Além do Homem de ferro se caracterizar muito bem na ideia do 007, troca-se o ator e continua a história, nesta parte Shane Black acerta muito bem, além de deixar alguns plots abertos para um próximo filme. Outra surpresa interessante foi à atuação de Guy Pearce, o cara tem um timing bem interessante na série e muda da água para o vinho do nada.
Sim, Homem de ferro 3 é melhor que o segundo filme só que tem que comer muito arroz com feijão pra chegar ao nível do primeiro. Ele tem algumas coisas interessantes e outras nem tanto assim. Pra quem não é fã de HQs é um prato cheio, pra quem gosta pode ter alguns problemas, como falamos no ComicPod 110,5, escute-o e vai entender.



Esse é um filme que tem dividido bastante as opiniões, portanto eu digo: vá assistir e comente aqui em baixo o que você achou.

Até a próxima! A pergunta é: se ligaram no easter egg com o nome do Warren Ellis no filme?

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Descubra o real e o irreal em Substitutos


E aí pessoal...Imaginem-se num mundo em que as pessoas se relacionam por meio de ciborgues, que a substituem em todos os afazeres do dia-a-dia seja no trabalho, em uma festa, numa reunião de amigos e estou dizendo qualquer coisa mesmo. No filme Substitutos você vai encontrar exatamente isso e também ao fim dele terá inúmeros questionamentos sobre sua vida a frente do computador e seus avatares.



O filme é inspirado na HQ de Robert Venditi e Brett Weldele, no seu cast de atores conta com Bruce Willis (Duro de Matar e Sexto Sentido) e a direção fica por conta de Jonathan Mostow (Exterminador do futuro 3). Este filme de ficção cientifica não chega a ser uma maestria, mas também não deixa a peteca cair já que passa muito bem sua mensagem. A história acontece em 2054, num planeta terra quase utópico, pois a criminalidade foi reduzida a quase 1% e as pessoas não saem mais de casa graças à ferramenta chamada substituto, que são robôs hiper-realistas e servem como um avatar das pessoas. O problema é quando acontece o assassinato de um dos usuários dos Substitutos, causando muitas dúvidas no detetive Greer (Bruce Willis), que investiga o caso que acaba tendo que abandonar o seu substituto para desvendar os assassinatos.



A obra tem suas partes boas e ruins, posso dizer o que me deixou bastante desgostoso foram às incoerências de roteiro como, por exemplo, dizerem que aquele foi o primeiro assassinato que aconteceu em anos e nunca teria acontecido de um substituto ter sido destruído e com isso seu usuário também acabar morrendo. Entendo que isso é uma obra de ficção, mas vários outros filmes como “Tron”, e livros como “Jogador n°1”, dizem que quando seu cérebro está conectado a outro corpo que partilha das mesmas sensações, o cérebro do usuário vai reconhecer sua morte caso o dispositivo seja destruído.  Por outro lado, gostei bastante do questionamento sobre como a vida através de dispositivos sociais deixaria as relações mais frias, como abordam as cenas de discussões cheias de ideias libertárias e da mudança da relação entre detetive Greer e sua esposa Maggie (Rosamund Pike).



            As atuações dos atores não são ruins e no fim, tirando esses erros de roteiro, o filme é divertido e muito bem feito, porém não podemos compará-lo com ícones do estilo como “Blade Runner”. Não tem efeitos cinematográficos extraordinários, e também não precisa, já que o pensamento dele é deixar aquela mensagem de: saia da frente do seu computador e busque relações verdadeiras, porque mesmo você podendo ser quem você quiser na frente de uma tela, em algum momento você vai ter que enfrentar a realidade e ela pode ser muito violenta se você não estiver preparado para ela. O filme tem aquela crítica de dizer “aprenda a usar a ferramenta e não se torne parte dela”.


           Posso dizer além do que foi citado no texto, que por mais que a utopia seja um objetivo da humanidade, ela não passa apenas de uma grande luz no fim do túnel que será, sempre, extremamente difícil de ser alcançada. Afinal de contas somos criaturas dúbias e nos mais diversos backgrounds em um planeta, com bilhões de pessoas, não existe o bem para todo mundo. Devemos apreender a trabalhar as individualidades e tentarmos ao máximo deixar de lado os avatares e as epopeias que nunca participamos e nos concentrarmos em apreendermos a sermos humanos, que tem problemas diários, vida atribulada onde nem sempre podemos ser um astro ou um grande herói. Não devemos desistir do lutar pelo nosso lugar ao sol, mas quanto mais sinceros com si próprios nós formos, melhor a vida será.


Até a próxima! E a pergunta é: Vocês conseguiriam viver num mundo cheio de avatares?

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Novidades, Periodicidade e Terra Zero


Por Pablo Sarmento

Eai Pessoal...

Este é um post bem rápido só para falar de algumas alterações no Emulador de Críticas e dizer o porquê estou meio afastado do blog. Bem como alguns já sabem no fim do ano passado passei a ser integrante do site especializado em DC comics, Terra Zero e consegui chegar a um dos meus objetivos que era participar de um podcast, e pra minha felicidade um dos melhores na categoria HQ do Brasil que é o Comicpod. Só tenho a agradecer ao Vlad, Kajima, Delfin, Morcelli e a todos da equipe por terem me recebido tão bem e por fazerem eu me sentir em “casa”.

No fim do ano passado disse que teria muitas novidades e eu não deixaria meu foco de lado e quem gostava da forma de como escrevo e das minhas ideias malucas não ficariam decepcionados, pois eu sempre iria querer melhorar. Consegui mexer no layout do blog, não ficou bom, só que logo vou tentar arrumar de novo.  Já embromei bastante vamos à novidade principal e depois as explicações.

Ainda esse mês o Emulador De Críticas vira parte integrante do Terra Zero, ou seja: vou ter uma coluna no site com o nome do blog. Onde continuarei a fazer resenhas de discos, séries e filmes. Só que dentro do site todas essas resenhas terão alguma ligação com HQs, então, esperem as mais diversas coisas que vocês poderem imaginar. Já que sempre fui muito de elucidar as HQs e falar de suas adaptações tanto de filmes para HQs como de HQs para filmes. Espero que gostem das minhas ideias.

Pera! Não vão embora ainda, tenho mais coisas para falar: aqueles que acham que vou abandonar o blog totalmente estão totalmente enganados. Eu ainda continuo postando aqui no Emulador de Criticas, e fora do Terra Zero, assuntos que não são relacionados a HQs, tanto que o meu último post não tinha nada haver com revista em quadrinhos.

Só para deixar claro, as organizações dos posts serão assim: um post por semana, só que eles intercalaram entre o Emulador de Críticas e o Terra Zero. Então se vocês gostam o que escrevo não me abandonem (olhem para a raposa do banner quando lerem essa frase), acompanhem o Emulador, Terra Zero e o Comicpod esse ano de 2013 promete coisas maiores ainda. Quem viver verá!!!!


Até a próxima e daqui a uns dias terão mais notícias minhas. Muhahahaha

Fall out Boy salva o Rock com POP??


Por Pablo Sarmento

Eai Pessoal…

Muito bom reencontrar os amigos, neh?! É sempre aquela coisa de abraços e perguntando o que acontecido e pedindo novidades. Sim, isso ainda é uma resenha. Não fugam! Quando falo sobre amizades é a forma que eu sinto quando escuto uma banda que acompanho a muito tempo, e eles me respondem todas as perguntas acima com músicas. Os meus amigos do Fall out Boy (Patrick, Joe, Pete e Andy) se separaram a 5 anos atrás com a promessa de volta e todos eles foram buscar outros caminhos e no álbum Save Rock and Roll a banda se reúne e conta sobre esses anos de experiência em outros meios musicais e também sobre o amadurecimento pessoal dos integrantes.




O trabalho que vamos falar aqui é o sexto álbum de estúdio dos garotos de Chicago e totalmente ao contrario de Folie à Deux (o disco anterior) eles mostram a volta da união da banda e usando quase todas as referencias dos trabalhos anteriores deles. O Disco tem cerca de 45 minutos de músicas dançantes e se você gostou do projeto solo do Patrick Stump certamente vai gostar desse álbum, porque ele em grande parte usa de artifícios do projeto solo do vocalista, mas também tem pitadas de The Damned Things e Black Cards.

Não posso dizer que pra mim todas as músicas são boas, mas mais de 80% do disco eu gostei, acho que porque ando numa vibe musical diferente e escuto coisas que não escutava a 5 anos atrás também. Acabei me tornando um pouco mais entendido do assunto e também mais fácil de ser agradado (porque o mundo não é só metal, HC ou bossa nova). O que mais me chamou atenção no novo trabalho do FOB foi que os caras estão tocando muito mais que no disco anterior (tá, só o Pete que continua na mesma), em todas as músicas você vai ouvir aqueles riffs característicos da banda que são dançante e extremamente legais aos ouvidos.

As músicas que eu mais gostei certamente foram The Phoenix por ser uma baita música de abertura do disco e dar todo o tom do que vamos escutar durante o tempo de duração do álbum, outra música que merece ser muito escutada é Young Volcanoes que nos remete muito ao antigo FOB, mas acho que essa música é apenas pro mimizentos, que só sabem reclamar e não entendem que as bandas têm que evoluir porque se elas fizerem fazer sempre a mesma coisa vai se tornar chato e a música que merece atenção é Better Than This (Rat a Tat) que tem a participação de Courtney Love. E com total certeza a que todos mais vamos estranhar vai ser Where Did the Party Go, escutem e entenderão.




Meu entendimento do nome do disco se chamar Save Rock and Roll é uma brincadeira com as bandas novas que todas dizem que vão salvar o rock e não passam de apenas uma promessa furada ou até tem haver com o rumo com o que rock tem tomado nos últimos 10 anos ou vai ver tem haver com a definição de rock também, vai saber. Isso não passa de pitacos meus sobre o nome. Isso não tira a maestria do álbum que é o mais pop da carreira do Fall out Boy, mas ainda o disco é bom, só que não é majestoso como Infinity High. Vale salientar as participações especiais do álbum que são: Sir Elton John (Stump pira), a cantora desconhecida Foxes, o rapper Big Sean e a famigerada Courtney Love.

Felizmente a banda se reuniu novamente e gravaram um disco totalmente secreto de críticos e fãs e não quiseram nem esperar até o sinal verde da gravadora e já liberaram pra streaming o trabalho novo deles. A melhor forma de ter uma posição é escutando, vou deixar o link do Sound Cloud que o álbum pode ser ouvido.

Até a próxima e a dica é: Nunca espere demais de bandas depois de hiatos longos.

terça-feira, 26 de março de 2013

Aquela queimada de língua em Jogos Vorazes

Eai Pessoal...

Neste fim de semana fiz uma maratona de filmes que haviam saído e eu ainda não tinha olhado, o que mais me surpreendeu foi Jogos Vorazes, certo que é um filme para garotas e com aquele romance água com açúcar, essa é a parte que eu deixo pras garotas suspirantes, vou explicar o que achei legal neste filme.



O filme foi lançado em março de 2012 e tem a atriz Jennifer Lawrence como atriz principal, uma boa atriz certamente chamaria grande atenção para a película, que acabou sendo um tiro certo, pois foi muito bem recebido pela crítica especializada e o sucesso foi tão bom que já estão gravando o segundo filme. Vale lembrar que este filme foi baseado no romance de mesmo nome escrito por Suzanne Collins e é uma trilogia de livros.

Na história basta imaginar um mundo totalmente deturpado após uma guerra e o pais está dividido, o governo usa sua força para unificar novamente o estado, só que para manter os 12 distritos que se rebelaram com medo do estado é criado um reality show chamado Jogos Vorazes, que nada mais é 24 adolescentes, um menino e uma menina por distrito, se matando numa ilha até somente um se tornar o vencedor e assim ganhar as honrarias. Neste momento conhecemos a personagem principal da história Katniss Everdeen a garota que se oferece em tributo no lugar da irmã que havia sido sorteada para participar do jogo.



O decorrer da história não tem nada de plot twist e nada de anormal, mas em compensação a caracterização e a maquiagem e figurino usada no filme são muito boas. Durante a história você vai saber qual cara é de qual distrito e vai ver uma cidade pomposa que se diverte em ver garotos se matarem, uma tipica crítica que você vê no Punk Rock Jesus, Doctor Who e várias outras obras direcionadas que abordam este tipo de programa.

Outra coisa que me fez querer ver este filme foi porque ele me lembrou demais um mangá que eu li a algum tempo chamado Battle Royale, que tem a temática mais ou menos parecida com Jogos Vorazes e esse tipo de plot já foi utilizado algumas vezes pelo cinema e literatura, agora até a Marvel tem sua HQ de arena para apenas um vencedor.

No meu fim de semana esse filme acabou sendo melhor que a bomba chamada Prometheus, mas claro que não seria melhor que o 007 Skyfall. O post mesmo foi exatamente pelo filme ter me surpreendido e a forma como é abordada não sendo babaca e deixando a violência comer solta.

Até a próxima e a dica é: Não fale antes de conhecer.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Minutos de silêncio para o Robin


Por Pablo Sarmento

Eai Pessoal...

Hoje dando continuação a minhas explanações sobre vida e morte, quero falar sobre uma HQ saiu na última quarta feita (13/03/2013) e deixar minha pequena parcela homenagem ao grande Robin, Damian Wayne, que nos deixou na revista Batman Inc #8 e como falei no ComicPod que queria ver o desenrolar da trama e acompanhar o réquiem da bat-família.



Nosso assunto será a HQ Batman e Robin #18 escrita por Peter J. Tomasi e Desenhada por Patrick Gleason. A equipe mostra estar bem afiada a ponto de fazer uma revista inteira sem balão de fala, apenas quadros silenciosos que demonstram toda a dor do cavaleiro das trevas em ter mais uma vez falhado e chegado atrasado, e por fim, perdendo seu único filho de forma tão prematura.

Certamente alguns devem estar dizendo: Bah gastar 6 reais comprando uma HQ sem história? Responderia que esta edição tem uma história muito legal e ainda lembraria que a os quadrinhos são narrativas visuais, ou seja, desenhos e texto que se complementam, mas nem sempre precisamos do texto para passar alguma mensagem.



            A ideia dos artistas é executada eximiamente, pois vai mostrando as lacunas deixadas pela morte do filho na vida de Bruce Wayne, todo o sofrimento silencioso do homem e assim vai sendo amarrada a história até você chegar ao ponto culminante da narrativa, que deixaria até os mais machões com arrepios na espinha.



Uma narrativa gráfica sem texto, porém muito bem executada e que merece ser conferida, está é Batman e Robin #18, triste, contundente e muito, muito boa.

Até a Próxima.

sexta-feira, 1 de março de 2013

A repercussão da morte e da homossexualidade nos quadrinhos


Por Pablo Sarmento

Eai Pessoal...

Estou tentando juntar inspiração, há alguns dias, para falar de um tema que me deixa bem apreensivo, de difícil trato e que causa um alvoroço desgraçado na internet. Estou falando da morte e homossexualidade dentro da mídia HQs.

Eu entendo que de vez em quando precisamos sacudir o mercado e incentivar as pessoas a voltarem a comprar as revistas e transformar o mundo internetico numa coisa chata e que todos falam a mesma coisa. Minha pergunta: quando isso começa afetar de forma ruim as séries? Quando isso se torna gratuito?

Vocês podem estar achando meio louco um post dessa forma, mas acho que de qualquer forma precisava expressar quando algumas coisas que acabam se tornando gratuitas e essa batalha entre editoras pra ver quem dá a notícia explosiva. Acho que querem fatos, na mesma semana que a DC diz que vai matar um personagem importante, a Marvel apresenta um casal gay e um deles é o Wolverine. Claro que quem conhece e acompanha sabe que o homem de garras gay é de uma terra paralela e que Robin estava planejado pra morrer a muitos meses.



O que eu acho estranho é como é o recebimento das notícias de muitas pessoas, anunciaram Allan Scott (Lanterna Verde Original) iria ser gay no reboot e tipo os caras enlouqueceram e principalmente os brasileiros, a ponto de James Robinson cutucar o nosso povo e dizer que arranjaria um namorado brasileiro pro LV. Eu estou lendo Terra 2 que e o fato do Alan Scott ser homossexual não influencia nada na história. A Batwoman é outro titulo que a sua personagem principal é gay também e isso acaba deixando a personagem até mais charmosa (não é o que vocês estão pensando seus safadinhos). A Mística sempre foi uma personagem que se relacionou com ambos os sexos e nunca ninguém dá bola pra isso.

Sobre a morte dos personagens, os caras são mais mimizentos ainda. Tudo bem, eu entendo que todos tenhamos nossos ícones e que as pessoas devam gostar e respeitar o que clássicos representam.  O fato não é isso, o problema é os caras serem intocados ou até mesmo ficarem reclamando de um personagem que não morre ou de um que morre muito rápido. Quando Bendis disse que mataria Peter Parker no Ultiverso, os FDP que só sabem chorar ao invés de conhecer a nova proposta já saíram tocando trocentas pedras, mas  agora garanto 80% de satisfação com Miles Morales com o manto de Homem aranha. Normalmente são assim as pessoas, primeiro, criticam e depois tentam entender os fatos. Claro que há casos e casos e existem exceções, sempre precisamos ser incitados, queremos e devemos ficar entretido com está mídia.



Até aqui só falei a parte positiva desse assunto, mas onde está a parte ruim? Sempre existe alguma coisa ruim neste assunto, pois essa “exposição” a que as HQs recebem tem seu lado bom e ruim. O primeiro é que talvez pessoas que não tem conhecimento necessário acabam falando merdas ou misturando informações. Assim leigos (que já não gostam muito), acabam vendo o as revistas em quadrinho como algo totalmente errado e criando mais preconceito,
com os pais falando: “meu filho/filha não vai ler uma história em que o personagem principal é gay. Isso é desrespeitoso”. Claro que tem pessoas assim, em vários fóruns eu li e reli caras que compram HQs há anos perguntando uns aos outros se eles deixariam os filhos deles comprarem uma revista que poderia influenciar a sexualidade dele. Isso é hipocrisia pura.



O fato é como as corporações estão trabalhando essas coisas, ao invés de tentar buscar novas formas de contar história e usar outras ferramentas para entreter o publico, eles preferem uma manchete sobre algo bem cabuloso pra causar alvoroço e um monte de gente falando merda. Se continuar nesse ritmo as coisas daqui uns anos teremos um reboot por mês ou um anúncio de homossexualidade e morte diariamente. Estamos em outra fase de transição e precisamos ter paciência com as pessoas que estão trabalhando agora. Uso como exemplo o próprio reebot da DC que demorou cerca de 1 ano e meio pra botar a casa em ordem.

Só queria deixar claro, que nós leitores de HQs, muitas vezes nós tornamos mais preconceituosos que as pessoas de fora da mídia. E temos o grande problema de querer primeiro criticar e depois analisar se aquilo foi necessário ou não.


Então o que posso dizer é: deixem o Wolverine ser gay é mais um personagem para as pessoas se identificarem (afinal esse é um dos objetivos das HQs). Deixe o Robin ir pro beleleu e parem de reclamar que já tem hora pra voltar e que foi um descaso o que o Morrison fez, afinal, vocês sempre vão comprar a história que for bem contada. Garanto pra muita gente aqui que já tivemos explicações bem babacas pra retornos de personagens e vocês estão toda santa semana comprando suas revistas. No fim das contas a gente precisa de coisas grandiosas, bem trabalhadas e que não tornem as coisas gratuitas demais para não acabar se transformando em clichê.



Até a próxima